Acordei com vontade de comer um ovo. Ovinho quente, gema bem molinha para mergulhar a torrada. Ovo de 3 minutos. É o tempo de colocar a mesa do café e esquentar o leite. E pronto.
O ovo é um dos ingredientes mais maravilhosos e práticos da cozinha. Não pode faltar. Compro sempre ovo caipira, muito mais amarelo e saboroso. O ovo é símbolo da vida e do equilíbrio: a gema é a parte densa, a “terra”; a clara é a parte leve, o “céu”. Divino e perfeito. De um ovo, nasce uma refeição, do café da manhã ao jantar, da omelete ao suspiro. Com o ovo, não tem monotonia. Nem monogamia, porque ele combina com tudo: ovos mexidos com cebola, tomate e salsinha, omelete com queijo e espinafre, cocote com cogumelos, ovo poché com aspargos. Incontáveis casos de amor. Mas o melhor casamento é com a manteiga. Ela está sempre por perto, derretendo-se de paixão.
Aliás, a vantagem do ovinho quente é que ele dispensa qualquer gordura, é humilde, pede só um pouquinho de sal. Um ovo, sal e 3 minutos de fervor. E a chuvosa manhã de segunda já ficou mais amarela. E feliz.