Fui à feira comprar salada, cebola, alho e frutas. Dinheiro contado, para não perder o foco. Porque, na feira, quanto mais dinheiro eu levo, mais eu gasto. Sou facilmente seduzida pelos cheiros, cores e possibilidades de receitas infinitas daquelas barracas cheias de comida fresca.
Vamos à feira sempre com boas intenções e eu sempre penso que a barraca de pastel, pela qual se passa na entrada e na saída, é uma provação digna de Indiana Jones buscando o Santo Graal. Tentações no caminho para a iluminação. Ou, se quer chegar à alface, passe pelo pastel e seus odores inebriantes. Mais uma vez, passei reto, firme e forte, e consegui comprar só o que precisava. Não comi o pastel e me senti feliz. Mais feliz ainda por saber que domingo tem feira de novo, e então, eu vou só para comer pastel.